O lado espetáculo-dança de Josephine aparece na associação de performances com as texturas rústicas da reciclagem de casulos sem produtos químicos ou da seda tingida com carvão. Na tradução da moda, isso se transforma em tramas de miçangas, rendas de algodão, vazados, macramês, falsos bolsos, falsas franjas, falsas sobreposições e falsos acessórios saídos de trançados dos vestidos e que funcionam como gargantilhas.
A silhueta fica alongada e fluida, influência da art decó percorrida mais uma vez pela estilista. O grafismo vai para a barra das saias ou nas sandálias, no princípio pretas e, na segunda metade, mescladas em amarelo pastel. A propósito das cores, a cartela da coleção é simples: preto fosco, cinza e amarelo pastel são as possibilidades trabalhadas por Priscilla, ou melhor, representam o desejo da estilista por uma moda mais simplificada, certo retorno (primitivo) aos processos artesanais.
Priscilla Darolt encerra sua apresentação na temporada verão 2012 da SPFW, após exibir suas criações na Animale, na última segunda-feira (13), e em sua marca homônima. Na próxima sexta-feira (17), ela tem voo agendado, quem sabe desta viagem não surja uma nova inspiração
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